As dívidas da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o crescimento dos focos do mosquito Aedes aegypti repercutiram negativamente na sessão de quarta-feira (28) da Assembleia Legislativa.
“Fizemos a elevação do percentual da saúde de 12% para 15%, mas ouvi rumores de que o próximo governo quer retornar para 12%, também estamos acompanhando os débitos da Saúde, são fornecedores na expectativa, empresas pequenas que não têm como aguardar, são R$ 400 milhões reconhecidos e outros tantos na gaveta para serem reconhecidos”, relatou Neodi Saretta (PT), presidente da Comissão de Saúde.
“A Secretaria deve na verdade para os boias frias, os mais de 15 mil médicos que trabalham nos 180 hospitais filantrópicos, quem não está recebendo são estes hospitais e os médicos só recebem quando o patrão paga, essa dívida está consolidada”, alertou Serafim Venzon (PSDB).
“Não vai mudar enquanto não mudar o percentual aplicado na grande Florianópolis, 70% fica aqui, temos de mudar este índice, fazendo com que o dinheiro vá para o interior. Como fazer? O dinheiro está sendo usado para função básica, isso é função dos prefeitos”, criticou Aguiar, que sugeriu rever os contratos e transferir a administração dos hospitais públicos para associações filantrópicas.Antônio Aguiar (PSD) responsabilizou a concentração de gastos na Grande Florianópolis pela crise financeira e sugeriu alterações na SES.
Já o deputado Doutor Vicente Caropreso (PSDB) destacou o aumento de 40% dos focos do mosquito Aedes Aegypti em relação a 2017.
“São cerca de 14 mil focos do Aedes, um aumento de quase 40% em relação ao ano passado, está presente em 159 municípios, sendo que 75 estão infestados, entre eles municípios turísticos como Itapema, Itajaí, Balneário Camboriú, Florianópolis”, advertiu Caropreso, que também citou os municípios de Chapecó, São Lourenço do Oeste e São Miguel do Oeste.