“Saúde é prevenção! 85% dos casos desse câncer são diagnosticados em fase avançada e queremos ajudar a mudar essa realidade”, afirma Dr. Vicente Caropreso
Mais de 20 mil pessoas morrem em decorrência do câncer do intestino no Brasil por ano. É a mesma doença que matou Pelé. Para ajudar a mudar essa realidade e alertar a população catarinense para medidas de prevenção à doença e de atenção para o diagnóstico precoce, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou esta semana o projeto de lei 51/2023, incluindo no calendário oficial do Estado de Santa Cataria o Março Azul. O autor da proposta foi o deputado estadual Dr. Vicente Caropreso (PSDB).
O deputado explica que o câncer de instinto, ou de cólon e reto (coloretal), tem grandes chances de cura, mas para isso é fundamental que seja detectado precocemente. Dados da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva apontam que 85% dos casos de câncer de intestino são diagnosticados em fase avançada da doença, aumentando os custos do tratamento e diminuindo as chances de cura.
“O diagnóstico precoce é o principal aliado no tratamento. Milhares de óbitos podem ser evitados. O objetivo do Março Azul é alertar e orientar a população com campanhas de conscientização sobre a importância de realizar exames de saúde e de ter hábitos saudáveis de vida. Com a aprovação da lei o governo do Estado precisará agir nesse sentido.”
Câncer que matou Pelé
No mundo, esse tipo de câncer, o mesmo que vitimou Pelé, mata cerca de 900 mil pessoas por ano. Dados do governo federal mostram que 20.245 pessoas morreram em decorrência desse tipo de câncer no Brasil em 2020, sendo que 45,6 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença em 2022. É o segundo tipo de câncer mais frequente, tanto em homens como mulheres. Só fica atrás do câncer de pulmão.
Saúde é prevenção!
O câncer de intestino é uma doença silenciosa, praticamente sem sintomas na fase inicial, sendo percebido somente quando as lesões já estão mais avançadas. Assim, é recomendado que a partir dos 45 anos a pessoa faça uma colonoscopia, mesmo sem sintoma algum. Se o exame for totalmente normal, deverá ser repetido a cada dez anos.