No tempo das cavernas, quando os homens e mulheres primitivos olhavam para o céu, viam o brilho dos astros que regiam suas vidas dando-lhes o dia, a noite e as diferentes estações – às quais eles tinham de adaptar-se para poderem sobreviver, como todos os animais.
Assim foi por milênios até o advento das grandes revoluções que diferenciaram os humanos dos demais animais.
A primeira foi a Revolução Cognitiva. Por meio dela a humanidade descobriu a imaginação, desenvolveu a memória e se tornou capaz de agrupar-se em torno de ideais em comum – culturais, linguísticos, esportivos, amorosos, religiosos, etc.
A segunda foi a Revolução Agrícola. O domínio sobre a produção de alimentos fez com que os homens deixassem de ser caçadores/coletores nômades e pudessem se fixar e criar as comunidades que deram origem ao que hoje são as cidades.
Mas tudo ainda era mistério e desconhecido e a imaginação humana dava explicações místicas a quase tudo que nos cercava. As grandes epidemias, que matavam milhões de pessoas, eram consideradas castigo divino e os únicos remédios que se dispunha eram rezas e sacrifícios aos deuses.
Até a o advento da terceira revolução: a Revolução Científica.
O domínio da ciência mudou a face da humanidade. Na Medicina, graças à Ciência, as epidemias foram controladas com vacinas e milhares de doenças passaram a ser curadas com os medicamentos que a pesquisa científica descobriu.
Embora muitas pessoas ainda prefiram continuar acreditando no pensamento mágico, para qualquer lado que se olhe hoje em dia, a Ciência está presente: nos transportes, na comunicação, na vida doméstica, no trabalho, em tudo.
Neste momento difícil que passamos, em que a pandemia causada pelo Coronavírus assola o planeta, só a ciência poderá encontrar uma solução, como já encontrou tantas outras vezes.
A Ciência alimenta-se apenas da sua própria metodologia e do rigor nos experimentos, a Ciência alimenta-se apenas da própria Ciência.
Politizar a Ciência neste momento é retornar ao pensamento mágico da pré-história, é negar a evolução e regredir ao estado de barbárie.
Tentar politizar o que é científico, é negar a própria Humanidade.
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