Por solicitação do deputado Dr. Vicente Caropreso, a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa discutiu, nesta quarta-feira (11), a importância do planejamento familiar e a oferta do implante contraceptivo subdérmico, conhecido como Implanon, no SUS em Santa Catarina.
O implante subcutâneo já é disponibilizado na rede pública de outros estados, como Mato Grosso, Ceará e Rio de Janeiro para pessoas em vulnerabilidade social. O objetivo é evitar a gravidez não planejada, principalmente no público adolescente.
A reunião do colegiado contou com a participação do ginecologista e obstetra Rodrigo Dias Nunes, que prestou esclarecimentos sobre o tema.
O implante, de nome comercial Implanon, é reconhecido pela alta eficácia e validade de três anos. O método consiste em colocar, sob a pele do braço, uma pequena cápsula de etonogestrel, técnica feita a partir de uma simples intervenção com anestesia no local da implantação no corpo. Na rede particular, a aplicação do Implanon pode custar mais de R$ 2 mil.
Em Santa Catarina, no ano de 2021, ocorreram 95.987 nascimentos, sendo 8.572 resultantes de gravidez de mulheres entre 15 e 19 anos e 216 casos de meninas entre 10 e 14 anos.
“É essencial que esse assunto seja debatido na sociedade. O planejamento reprodutivo é extremamente importante, principalmente no que diz respeito ao público adolescente e em vulnerabilidade social. As gestações não programadas têm um custo social muito grande e um impacto tremendo na vida dessas pessoas. É uma das principais causas de evasão escolar. Em média, 80%, das gravidezes abaixo dos 19 anos são de mães solteiras Por isso, faz todo sentido a distribuição pelo sistema público de saúde de um método contraceptivo mais seguro e de longa duração.”
Ouça entrevista: Dr. Vicente Caropreso e médico Rodrigo Dias Nunes falam sobre o tema