Até o final de maio todos os deficientes e profissionais das Apaes de Santa Catarina devem ser vacinados contra Covid-19. A afirmação foi feita pela secretária de Estado da Saúde, Carmem Zanotto, durante reunião com o deputado estadual Dr. Vicente Caropreso, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e a presidente da Federação Catarinense das Apaes (Feapaes), Alice Kuerten, realizada nesta terça-feira, 4.
“Ficou prometido que até o final de maio a gente tenha toda a nossa clientela vacinada, que dentro da Federação das Apaes gira em torno de 26 mil pessoas, 20 mil educandos e cerca 6 mil profissionais”, explicou a presidente da Feapaes. Existem no estado 197 Apaes em funcionamento, que atendem alunos com deficiência intelectual e múltipla.
“Foi uma reunião proveitosa. É importante que essa população vulnerável seja vacinada para que tenhamos as condições de uma retomada tranquila do funcionamento dessas instituições, pelas dificuldades que essas pessoas deficientes apresentam”, disse o deputado.
A secretária acredita no aceleramento do processo de imunização com o aumento de vacinas direcionadas para Santa Catarina. Ela informou que nesta semana o Estado deve contabilizar cerca de 500 mil doses recebidas. Além dos deficientes atendidos pela Apaes o deputado defende agilidade aos demais deficientes que apresentam quadro de vunerabilidade como cadeirantes, deficientes visuais e outros.
O deputado Dr. Vicente também tratou com a secretária sobre a urgência de se normalizar os estoques de medicamentos anestésicos para tratamento de pacientes com Covid-19 e a realização de cirurgias. Conforme o deputado, à medida é fundamental para que as cirurgias eletivas de média e alta complexidade possam ser liberadas. O represamento desse tipo de procedimento médico tem causado graves prejuízos para hospitais, que ficam sem receita, e para os pacientes que esperam pela cirurgia. Só no Sistema de Regulação da Secretaria de Estado da Saúde, são mais de 95 mil pessoas aguardando por uma cirurgia.
Desde o início da pandemia as cirurgias eletivas estiveram liberadas por cerca de apenas 60 dias nesse período, em momentos em que houve arrefecimento na taxa de transmissão e na ocupação dos leitos hospitalares destinados à Covid-19 em Santa Catarina. No mês de abril uma portaria da Secretaria de Estado da Saúde liberou novamente os procedimentos de baixa complexidade que não necessitam de medicamentos anestésicos. “A falta de leitos de UTI ainda é uma realidade nessa pandemia, mas o gargalo para a volta das cirurgias eletivas é a escassez de medicamentos anestésicos”, disse o deputado.