A Humanidade passou fome por milhões de anos. A escassez de alimentos foi uma constante na história do homem e essa busca por comida foi o principal motivo para a grande migração que espalhou a nossa espécie por todo o planeta.
Nosso cérebro, durante todo este tempo, desenvolveu redes de neurônios que estimulam a fome, nos incentivando a comer até passarmos mal; foi graças a isso que a nossa espécie sobreviveu.
Desde o surgimento da agricultura mecanizada, as novas tecnologias de produção de alimentos, permitem oferecer alimentos nutritivos à grande maioria da população, fazendo com que a classe média de hoje tenha uma mesa mais farta do que a dos nobres de antigamente.
O período de escassez de alimento acabou para quase toda a humanidade. Mas os milênios de fome não foram esquecidos e nosso cérebro ainda nos incentiva a comer demais.
A capacidade do organismo de transformar em gordura as calorias em excesso, tão importante para a sobrevivência no passado, agora se virou contra o ser humano com consequências desastrosas: a obesidade se tornou epidêmica em quase todo o planeta, no Brasil isso não é diferente.
De acordo com o Ministério da Saúde, em nosso país aproximadamente 20% da população está acima do peso – nas capitais este índice chega a 52%.
Como consequência direta do crescimento da obesidade também aumentaram os casos de diabetes e hipertensão.
Estar obeso acarreta riscos para a saúde, principalmente quando o acúmulo de gordura se localiza na cintura, sinal de que há tecido adiposo entre as vísceras abdominais; por isso, o obeso com o corpo em forma de maçã corre mais riscos de sofrer doença cardiovascular.
Dr. Vicente Caropreso.