Vice-presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Dr. Vicente Caropreso (PSDB) está acompanhando a realização das Conferências Municipais de Saúde. Na última semana, ele foi convidado a falar sobre os desafios da saúde pública catarinense nas conferências realizadas em Jaraguá do Sul, Corupá e Monte Castelo.
“As conferências municipais são um instrumento importante, que mobiliza toda a sociedade organizada para avaliar como está o serviço de saúde e propor iniciativas para subsidiar as ações dos gestores públicos”
Fazer a fila de cirurgias eletivas andar com agilidade é um assunto apontado pelo parlamentar como emergência a ser atacada pelo governo catarinense na área da saúde. “Mais de 220 mil pessoas aguardam por procedimentos, cirurgias ou exames. Quem está na fila tem pressa. Uma cirurgia eletiva não realizada pode virar uma emergência médica devido à demora.”
Dr. Vicente destaca a iniciativa do governo do Estado que lançou o Programa Estadual de Cirurgias Eletivas, no qual pretende investir R$ 235 milhões para atacar a fila. Ele avalia que o sucesso da iniciativa passa também pelo aperfeiçoamento da Política Hospitalar Catarinense (que remunera hospitais filantrópicos por serviços realizados), pela desburocratização dos processos dentro do sistema de regulação e pela efetivação de uma medicina mais resolutiva na saúde básica realizada pelos municípios.
“Sabemos das dificuldades que os municípios têm para contratar profissionais de saúde especializados, como pediatras. A falta desses profissionais pode agravar casos que poderiam ser solucionados no posto de saúde ou na UPA. O resultado é a superlotação dos hospitais. O governo do Estado precisa auxiliar os municípios nesse processo.”
O combate à dengue, a necessidade de ampliar os números de leitos de UTI neonatal, aumentar a adesão às campanhas de vacinação, conscientizar as mulheres para realizarem pré-natal, a atenção à saúde mental e ações diante do aumento “vertiginoso” de diagnósticos para autismo também foram pontuados pelo parlamentar como urgências na saúde pública catarinense.
“Temos famílias desesperadas em busca de estruturas públicas que garantam o tratamento multidisciplinar. Estamos muito preocupados com essa situação, pressionando o governo estadual, buscando ajudar Amas e Apaes”, explicou o deputado sobre a situação do autismo. Dr. Vicente também afirmou que trata com o Executivo da efetivação da lei de sua autoria que garante pagamento de pensão especial para a pessoa de baixa renda com autismo grave, de nível 3.