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Porto União recebe evento de capacitação sobre políticas públicas de inclusão

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Porto União recebe evento de capacitação sobre políticas públicas de inclusão

Conscientizar a população sobre as políticas públicas voltadas a inclusão da pessoa com autismo e a melhor forma de favorecer a sua aprendizagem. Este foi o objetivo do seminário que a Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Escola do Legislativo Licio Mauro da Silveira, promoveu entre a manhã e a tarde desta quarta-feira (4) em Porto União, que reuniu cerca de 600 pessoas no Teatro Ópera.

Além de profissionais das áreas da educação, saúde e assistência social, participaram do evento acadêmicos e familiares de pessoas com deficiência de diversos municípios do Planalto Norte catarinense e do Paraná.

Na abertura, o presidente da Comissão, deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), destacou que a presença maciça de público evidencia uma carência da sociedade por informações mais especializadas sobre o tema. “Estes eventos vêm demonstrando a grande necessidade de pedagogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e, acima de tudo, de professores das redes pública e privada de ensino, por ações de capacitação, que são fundamentais para que a gente possa estabelecer metas e o tipo ideal de abordagem para a pessoa com deficiência.”

O prefeito de Porto União, Eliseu Milbach, agradeceu a Assembleia Legislativa e ao deputado Dr. Vicente Caropreso pela realização do seminário, que, de acordo com ele, vai se somar ao trabalho que vem sendo realizado na cidade em prol desta parcela da população, entre os quais citou a melhoria dos passeios públicos, acessibilidade em estabelecimentos comerciais e órgãos públicos, e sinalização podotátil.

O município possui atualmente 22 escolas municipais, que atendem 2,5 mil alunos e, por meio de convênios com instituições especializadas em educação especial, como Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos e da Fala (Apadaf) e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), é disponibilizado atendimento a 313 alunos com deficiência.

Para Milbach, o seminário também representa uma verdadeira recompensa ao município, que no dia 5 de setembro celebra os 102 anos de emancipação político-administrativa. “Para nós este é um grande presente, pois possibilita qualificar os profissionais de toda a região, para que possamos  trabalhar ainda melhor para estas pessoas que tanto precisam do poder público.”

Políticas de educação especial
O seminário contou, no período da manhã, com palestra da pedagoga Edite Sehnem, que discorreu sobre as diretrizes da Política de Educação Especial de Santa Catarina – do qual participou da elaboração – e da Lei Brasileira de Inclusão.

Entre as diversas iniciativas previstas nas normativas, disse, está a disponibilização do segundo professor de turma e do professor de atendimento educacional especializado na área do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Na visão da educadora, que possui pós-graduação em educação especial e práticas inclusivas, o Brasil já conta com uma legislação bastante abrangente em termos de inclusão, considerada a terceira melhor do mundo nesse aspecto, mas que o país ainda peca por não colocá-la totalmente em prática. “Na verdade, nós não precisamos de mais legislação, nós precisamos é que elas sejam cumpridas.”

Segundo ela, entre os principais problemas neste sentido estão relacionados à área da acessibilidade. “Não só ao que diz respeito a questão arquitetônica, mas principalmente às questões atitudinais, às outras barreiras que são bastante amplas e que acabam por limitar a inclusão e o acesso dessas pessoas ao conhecimento, como a falta de tradutores de Libras.”

Ela evitou, entretanto, apontar um único responsável pela morosidade na aplicação das políticas de educação especial nas escolas catarinenses. “Penso que quanto ao autismo, principalmente, nós ainda temos um longo caminho a percorrer, muitos estudos e muitas pesquisas a realizar, até porque esta ainda é uma área muito recente. Mas eu diria que existe sim um esforço neste sentido. É claro que isso depende da gestão escolar, da gestão das secretarias e coordenadorias regionais de educação, não somente dos professores.”

Os desafios da inclusão
Outro ponto abordado foram os desafios para a adaptação do aluno autista, tema abordado pelo escritor Marcos Petry.

Em sua fala, ele repassou ao público sua experiência como portador do transtorno e as dificuldades que precisou superar para seguir estudando. Atualmente ele é graduado em Comunicação Institucional e possui mestrado em Design Gráfico e Produção em Publicidade.

Uma dica apontada por ele é buscar mapear as potencialidades de cada criança autista, tendo em vista que o autismo se manifesta de forma diferente em cada indivíduo. Este conhecimento servirá de base para a elaboração de um planejamento de ensino. “Nunca se deve dizer que a criança é ruim em alguma atividade que ela deveria desenvolver tipicamente. Pelo contrário, a inclusão se dá observando a criança no que ela é boa e, a partir disso, trazê-la para o convívio escolar. O autista, por exemplo, tem muito foco, então deve-se utilizar isso em seu favor, o que já dá um grande passo para a sua inclusão na escola.”

Além de autor do livro “Memórias de um Autista por Ele Mesmo”, Petry também mantém no You Tube o canal “Diário de um Autista”.

Análise do Comportamento Aplicada
Durante o seminário também foi apresentada a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) como instrumento para a melhoria do desenvolvimento de crianças com comportamento atípico, deficiências ou dificuldades de aprendizagem.

O tema foi abordado pela professora Carmen Lígia Gruner Lessing, que realiza atendimento educacional em alunos autistas utilizando este tipo de terapia. Por meio do ABA, disse, é traçado o perfil comportamental do indivíduo, estimulando ou reprimindo determinados aspectos que se deseja. “Comportamento é tudo aquilo que o ser humano faz, como andar, falar, escrever, ler. Então faz parte do ser humano todo esse repertório comportamental e nós podemos ampliar aqueles que queremos e diminuir aqueles que não são tão desejáveis.”

Segundo ela, o método tem como base princípios da Psicologia de ampla aceitação científica e comprovadamente produz resultados positivos para a melhoria do aprendizado.

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